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Sportbay está para o BRMX como a Liberty Media está para a Fórmula 1: mais do que transmissora, é autora daquilo que será lembrado, por Monike Clasen j3ig

Parte da equipe responsável pelas transmissões da Sportbay TV
Riders Inc

Ecossistemas não se impõe. Se organizam. 584n6c

O sucesso de uma modalidade esportiva depende da clareza na separação de papéis: quem regula, quem compete e quem comunica.
No automobilismo internacional, essa arquitetura está bem definida. A FIA regula. A Fórmula 1 compete. E a Liberty Media transformou a comunicação do campeonato em um ativo estratégico global — combinando espetáculo, engajamento e construção de memória.

No Brasil, o motociclismo vive um processo semelhante, ainda em maturação. A CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) exerce a autoridade regulatória com foco técnico e institucional. O BRMX é a arena de competição. Mas ainda falta um terceiro eixo consolidado: quem organiza o espetáculo, traduz o que acontece nas pistas e transforma isso em valor simbólico e reconhecimento duradouro.

É nesse cenário que entra a Sportbay: uma empresa de capital privado, nascida no varejo digital especializado em produtos para o mundo duas rodas. Mas sua atuação recente no Campeonato Brasileiro de Motocross já não se limita à comercialização de equipamentos.

A Sportbay opera hoje também como mídia, transmissora, curadora de imagem e vetor de engajamento emocional entre público e esporte. Sua natureza jurídica é híbrida — comercial, mas comunicacional. Sua marca ou de referência em consumo para agente ativa na formação da percepção pública do motociclismo brasileiro.

E o mais importante: a Sportbay ainda não entregou tudo o que pode entregar.

Entre a bandeirada e o pódio: os 15 segundos que consagram uma vitória

No motociclismo de alto impacto, transmitir uma corrida é garantir que ela seja vista. Mas interpretar o que acontece é garantir que ela seja compreendida, sentida e transformada em memória — por pilotos, equipes, patrocinadores e público.

A Sportbay, ao assumir a produção e difusão das etapas do BRMX, ultraou a função técnica da cobertura. Hoje, atua como um ponto de tradução entre o que acontece na pista e o que reverbera além dela — com estrutura de campo, narrativa em tempo real, recortes estratégicos e presença multiplataforma.

Essa entrega se sustenta na qualidade da operação e no uso inteligente de vozes que representam o espírito do motociclismo. A presença de Vans Faria, por exemplo, tornou-se um elo legítimo entre a pista e o público: sua abordagem conecta gerações e cria um ponto de contato emocional autêntico com o ambiente de prova.

Porque, hoje, o ritual da vitória não se encerra na bandeirada nem no troféu: ele só se completa quando o piloto, ainda em estado bruto de emoção, fala com a Vans.

Aqueles 15 segundos de microfone na mão, entre o pódio e o respiro, já fazem parte da consagração. E, nesse instante, a figura da Vans é insubstituível. Perderíamos um percentual alto da graça, se fosse outro a realizar esse momento.

Vans Faria, repórter da Sportbay TV

Essa entrega carrega esforço, método e sensibilidade. E representa um diferencial simbólico real no que o BRMX comunica — e no que pode vir a representar.

Nem toda leitura vem da pista – algumas vêm da escuta.

Ao mesmo tempo, há figuras externas que se projetam como intérpretes do motociclismo em sua camada mais analítica, como é o caso de Leandro Silva — ex-piloto com longa trajetória e hoje presença recorrente nos meios especializados. Suas leituras, publicadas em canal próprio ou repercutidas por canais como aqui no Show Radical, revelam um tipo de comunicação que combina precisão técnica com altíssima sensibilidade vibracional. O eixo de sua fala é sempre claro, engajado e honesto — e por isso não apenas narra o que vê, mas ajuda a escrever o que o esporte está se tornando.

Leandro Silva, multicampeão no motocross e comentarista
Foto: Tiago Lopes

Esse tipo de presença comunicacional não se limita à comunicação institucional. Ele interfere — ainda que de modo sutil — na ordem simbólica do campeonato. A forma como um piloto é apresentado, o tempo que cada equipe ocupa no vídeo, o tipo de imagem selecionada para um resumo de etapa ou para um destaque em redes sociais — tudo isso constrói camadas interpretativas sobre o que é excelência, o que é protagonismo, o que é evolução.

Não se trata de interferência, mas de curadoria.

O que está em movimento é a consolidação de um filtro que estrutura o modo como o motociclismo brasileiro será lembrado. Um filtro que organiza os sentidos, constrói a empatia, ativa a memória afetiva do público e influencia — direta ou indiretamente — a percepção de valor associada a nomes, marcas e atuações.

A linguagem invisível do paddock

No motociclismo de alta exposição, toda equipe comunica — inclusive quando não pretende. A simples presença diante das câmeras, etapa após etapa, já projeta imagem, estilo e valores percebidos.

A disposição no box, a forma como os integrantes interagem, o tom das entrevistas, o apoio visível ao piloto ou mesmo a ausência dele… tudo compõe um campo simbólico que o público interpreta intuitivamente.

Isso não exige roteiro nem intenção — exige apenas visibilidade.

E é aí que entra o desafio: à medida que o BRMX ganha audiência e amplitude digital, o que antes era apenas rotina de paddock a a ser observado como linguagem institucional.

A transmissão não inventa. Mas amplia. E, nesse processo, quem sabe o que está comunicando — mesmo quando não fala — sai em vantagem.

Esse fenômeno não é novo — nem exclusivo do motociclismo. No automobilismo de elite, a construção da imagem de um piloto ou equipe nunca dependeu exclusivamente da performance na pista. Ayrton Senna se tornou uma referência planetária não só por seu talento, mas também porque foi amplificado por um ecossistema narrativo poderoso. A voz de Galvão Bueno, a câmera da TV Globo, os documentários, os gestos captados nos momentos certos — criaram um registro emocional e coletivo que transcendeu o esporte.

Sem essa mediação, Senna seria — talvez — um ídolo da estatística. Com ela, tornou-se uma figura permanente da identidade brasileira.

A construção de presença simbólica não é opcional em esportes de alta exposição emocional — mas muitas vezes é adiada pelas exigências operacionais do dia a dia.

No motociclismo brasileiro, as transmissões evoluíram. O público cresceu. Mas as equipes seguem, com razão, concentradas no essencial: montar estrutura, entregar performance, sustentar o funcionamento a cada fim de semana.

Isso é legítimo — e compreensível. Construir linguagem institucional exige algo raro: tempo, reflexão, alinhamento interno e disponibilidade emocional.

À medida que o motocross no Brasil ganha audiência e amplitude digital, o que antes era apenas rotina de paddock começa a ser percebido como linguagem institucional.

Isso não exige espetáculo — exige apenas consciência.

Porque, no esporte de alta exposição emocional, toda presença já é comunicação. Mesmo sem intenção, cada gesto, cada interação, cada ausência, projeta mensagem.

Mesmo o que não é dito está sendo compreendido como mensagem.

E isso não é marketing. É gestão. É governança.

O movimento da Honda nas semanas que antecederam a primeira etapa do BRMX 2025 não foi uma ação isolada. Foi a execução precisa de um plano que já vinha sendo articulado — com linguagem, coerência e tempo.

Os relatórios corporativos internacionais de 2024 já antecipavam uma agenda de fortalecimento global, com foco em performance, imagem e reposicionamento institucional para o biênio 2025–2026.

O que se viu no lançamento foi a face visível de uma construção deliberada — que envolveu curadoria estética, investimento narrativo, valorização de equipe e um compromisso inequívoco com o futuro da modalidade, compartilhado por tantas outras equipes.

Esse tipo de gesto, quando nasce de uma percepção ampliada do ambiente, não apenas comunica. Ele posiciona.

Porque o esporte, cada vez mais, deixa de ser apenas vivido — e a a ser interpretado como linguagem.

Uma linguagem que, para o público, oferece prazer, emoção e pertencimento.

Mas que, para quem lê com lucidez, estrutura valor, gera diferenciação e antecipa retorno.

O ponto em que o conteúdo vira arquitetura

É o que a Liberty Media fez na F1. É o que os conglomerados de mídia fazem no futebol. E é o que, no motociclismo nacional, está se formando — não por imposição, mas por inteligência não declarada.

A Sportbay não apenas transmite. Ela redesenha onde está o valor.

Quando Vans Faria se tornou o rosto da consagração, não foi parte de um plano formal. Mas a escolha de mantê-la ali, naquele instante decisivo pós-corrida, funcionou como se fosse. Criou um novo ponto focal no ritual da vitória — e o público já reconhece isso, mesmo que não tenha palavras para explicar.

Parece só mídia. Mas é arquitetura de ecossistema.

A Sportbay, sem alarde, está operando esse mesmo código no motociclismo. Ela não apenas transmite — ela conecta, coleta, organiza e projeta.

Cria valor onde antes só havia conteúdo.

Quem entender isso agora — não como tendência, mas como reconfiguração — não vai apenas acompanhar o futuro do esporte.

Vai participar da escrita do seu próximo ciclo.

Assino como quem acompanha cada etapa com atenção às entrelinhas: o que não está no pódio, mas pesa no resultado.

Sou Monike Clasen, e trabalho com inteligência de negócios. No motocross, meu prazer está no barro, e meu foco inevitável é o bastidor que sustenta a largada.

A Sportbay entendeu algo importante: quem organiza o que será lembrado, molda o que será valorizado. 

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