Após uma abertura de campeonato com vitórias na YZ 125 bLU cRU Cup e MX2Jr, o catarinense Kauã Vieira manteve a liderança em ambas as categorias após um fim de semana eletrizante em Canelinha/SC, mas, dessa vez, com uma dose extra de emoção, em meio à fortes quedas e provas de recuperação. 6l2r72
Em uma das pistas mais desafiadoras do país, a disputa na YZ 125 começou intensa — especialmente para Kauã Vieira. Logo após a queda do gate, sua moto apagou, dando início à uma prova de recuperação para o então líder do campeonato.
Kauã demonstrou maturidade e frieza ao recalcular sua estratégia para uma impressionante prova de recuperação. Com traçados rápidos, ultraagens precisas e um ritmo intenso, o catarinense assumiu a liderança após cerca de 10 minutos de prova e, dali em diante, manteve-se imbatível, chegando a obter uma vantagem de aproximadamente 10 segundos na reta final da bateria.

Trocando a sua YZ 125 2 tempos, pela YZ 250F 4 tempos, na MX2Jr, foi mais uma corrida repleta de emoção e novamente alguns imprevistos para o piloto, que assim como na disputa anterior, não deixou se abalar em busca de um grande resultado.
Dessa vez, largando entre os primeiros colocados, Kauã atacou o líder ainda na primeira volta em busca da liderança, mas acabou saindo da pista e perdeu posições e segundos preciosos.
De volta à prova, o piloto manteve um bom ritmo na busca por posições. Quando se aproximava do terceiro colocado, por volta dos 12 minutos de corrida, sofreu um tombo forte em uma das descidas rápidas do circuito. Apesar do susto, Kauã levantou-se rapidamente e seguiu na prova, cruzando a linha de chegada em segundo lugar e mantendo a liderança da categoria.

Um fim de semana impressionante, onde Kauã deu uma verdadeira aula de resiliência e acreditou até o último segundo em busca de seus objetivos.
De acordo com as conversas de bastidores, Kauã, que já conta com o apoio da concessionária Yamaha Geração é um dos nomes cotados para integrar a equipe oficial Yamaha ainda nessa temporada. Com a ida de Marcello Leodorico para a MX1, apenas Pietro Piroli representa o time na MX2.
Batemos um papo rápido com o piloto catarinense para entender um pouco mais sobre o bom momento na principal competição do Brasil.

SR: O que ou pela sua cabeça quando a moto apagou na largada da 125?
KV: Na hora que a moto apagou, achei que não ia funcionar mais, porém, quando consegui fazer a moto pegar, saí com o dobro de motivação para vencer. Só pensava na cena em que eu ultraava à todos os adversários.
SR: Como é intercalar entre uma moto 2 tempos e 4 tempos em um dia de corrida? Quais os principais desafios relacionados a isso?
KV: É bem difícil lidar com duas motos diferentes no mesmo dia, ainda mais entrando apenas três vezes na pista com cada uma delas. O maior desafio é a questão do câmbio, pois muda muito de uma para outra. A moto 2 tempos exige muitas trocas de marcha em pouco tempo, enquanto a 4 tempos não. Outra dificuldade é a potência, já que, às vezes, a 4 tempos consegue saltar obstáculos grandes enquanto a 2 tempos não.
SR: No sábado, entre treinos, provas classificatórias e corridas oficiais, você entra seis vezes na pista. Como faz para manter o alto nível em duas categorias e motos diferentes?
KV: Tento me alimentar muito bem no dia anterior para ter o máximo de energia. Além disso faço treinos simulando um dia de corrida.
SR: Nas próximas etapas, o clima quente tomará conta. Já tem alguma estratégia definida?
KV: Sim! Treinos duas vezes mais intensos, boa hidratação todos os dias e foco total para seguir forte na competição.
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